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sábado, 14 de maio de 2011

O papel de Professor: um breve relato sobre a profissão e a educação.


Sempre existiu o questionamento a respeito do papel do professor na sociedade brasileira. A valorização do papel e a qualidade da educação no Brasil. A profissão de professor nos seus primórdios na sociedade feudal, clássica..., cumpria uma função secundária, pois a educação realmente acontecia no trabalho para a maior parte da sociedade, a classe trabalhadora. Com isso, a educação escolar fica apenas para as classes dominantes, ou seja, a capacidade de educar de uma forma institucionalmente sempre esteve atrelada a classe dominante(vide Florestan Fernandes). A educação institucional só passa a ser para "todos" no Brasil, com o advento da República, no qual o Estado passa a ser cobrado pela a garantia da educação à população.
É exatamente a partir desse momento, que o papel de professor passa a ser modificado, no início essa profissão cumpria um status que perambulava a classe dominante, estava a serviços das elites, ou seja, havia um dialogo entre ambos. Com o tempo, o professor sofre a estagnação econômica, o dialogo não existe mais com a classe dominante, pois a mesma não necessita mais conversar com a educação, já que tem a condição de pagar escolas privadas para seus filhos. Com isso se isentam dos problemas da educação, tanto dos filhos como da sociedade.
O fato de se impressionar é o que consiste na falsa realidade gerada pelo capitalismo, de que para uma coisa ser boa, deve ser privada. Nem tudo "para ser responsável, precisa ser sobretudo uma mercadoria" (Vide Florestan Fernandes). A classe dominante, ao invés de ajudar a educação, para que seja de qualidade e de todos, preferem se individualizar, para se destruirem uns aos outros pela competição. Usam a escola como um espaço de depósito de filhos, que depois serão apanhados, após o seu período de ócio. A classe trabalhadora, não tão diferente da classe ociosa (burguesia), mais que possui um determinado desgaste físico e mental (devido as longas jornadas de trabalho), também passa a colocar a escola como um mesmo depósito. A diferença está que uma classe por ser ociosa, tem tempo para "viver" a escola e não "vive", já a classe trabalhadora já está exaurida para cumprir a mesma tarefa.
Voltando a função de professor, assim como o professor Florestan Fernandes pensava, o educador passa a se considerar um trabalhador assalariado, compartilha dos mesmos problemas da classe proletária, vivência situações parecidas, desgastes parecidos e ainda não é reconhecida como deveria ser. Os professores deveriam ser uma classe ainda mais unida, para lutar pelos seus ideais, por condições melhores de trabalho (aparato tecnológico, jornada de trabalho reduzida, condições de transportes...) e de salário, ou seja, o mínimo que toda classe produtiva merece, afim de emancipar e agir como realmente um intelectual (aos moldes de Gramsci) age. A profissão de educar deve sempre passar o que realmente a escola é (nessa sociedade), um instrumento de dominação da classe burguesa sobre as demais. Instigar a vontade de mudança aos estudantes, para a busca da promoção da democracia e justiça social.

domingo, 17 de abril de 2011

Crítica à tentativa ambientalista do capital.

A onda de ações ambientalista intensificou-se de forma abundante no novo milênio, devido as demonstrações claras da natureza, expressando que esse não era o caminho. As primeiras iniciativas fizeram-se presente nas décadas de 60 e 70, no qual teve o surgimento dos principais grupos, como o Clube de Roma, WWF, Greenpeace..., porém o movimento só fortaleceu-se na década de 90, com o Protocolo de Quioto, Rio 92, etc. Resumindo, mais de 20 anos se levou, para ocorrer a massificação do pensamento ambientalista. Surgindo diversas alternativas para se viver na sociedade do ecologicamente correto. No entanto não é a respeito dos grupos que trabalho minha crítica, sustento nos mesmos, mais por uma breve explicação histórica da temática.
A classe burguesa, enquanto classe revolucionária, mais uma vez utiliza de suas reviravoltas históricas, com a intenção de mais uma vez intensificar o seu lucro. Vemos bancos, como o Itaú, fazendo propagandas do controle de consumo, isso só pode ser uma piada! Não é de se espantar que hoje em dia vemos as sacolas ecológicas para todos os lados, nas gondolas ou nos caixas de pagamento de grandes redes como Wal-Mart, Carrefour, Pão de Açúcar entre outros. Não teço minhas críticas às sacolas ecológicas e sim a apropriação das grandes redes sobre as mesmas. Essas sacolas não poderiam surgir na sociedade enquanto mercadoria. O pensamento é simples, você compra uma sacola ecológica (na verdade deve-se comprar umas 4 sacolas, se alguém estiver a fim de levar alguma coisa para casa) passando o "capital X" para a rede de mercados, os mesmos não precisaram de fornecer mais sacolas de plástico,  pois não serão mais necessárias, fazendo com que a rede economize "capital Y", os lucros intensificados das redes serão de "capital X + Y". Por qual razão essas sacolas não são doadas? A resposta é muito fácil, as doações não fazem sentido nesse sistema, justamente pelo fato do termo só existir devido a apropriação da mercadoria, ou seja, a propriedade só pode ser doada, se ela for de alguém ou de alguma coisa.
As ideias que serviriam para a transformação e implementação da sustentabilidade do planeta, transfigura-se em artifício do capitalista, para aumentar a expropriação do capital sobre a população. Não há sustentabilidade nesse sistema, que prega a exploração do homem sobre a natureza, com o intuito do acúmulo de mercadoria a esperar pelo consumo. Esse é o problema da sociedade, no qual a detenção dos meios de produção, existe apenas como uso exclusivo da classe dominante, ou seja, um domínio da burguesia.
"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa" Karl Marx