A questão da fiscalização de tudo e de todos em nosso país é de se espantar. A todo momento vemos os governantes, apoiados pelos principais veículos de mídia, na tentativa de criar leis com o intuito de barrar a liberdade das pessoas. Os mesmos falam dessas leis como se fosse a "invenção da roda". Após o já falado e refalado caso de Realengo, uma das principais redes de televisão do Brasil, a Record, que todos sabemos a respeito de seu caráter religioso conservador (quase um pleonasmo), um misto de macumba com pentecostalismo, fazendo uma severa alusão entre os games e a realidade.
Será que a proibição desses jogos realmente acabará com esses tipos de ataques? Creio que não. As novelas e programas de puro sensacionalismo, demonstram a violência a todo momento e ninguém argumenta a respeito. As novelas metafísicas da Record é de dar risada, lobisomens, mutantes, vampiros... A proibição dos games não é uma alternativa, é tampar o sol com a peneira, já que a maioria dos games físicos entra pelas barreiras do próprio Estado, por exemplo o Paraguai. Os games digitais, estes farão com que o Estado enfrente um problema ainda maior, pelo fato de chegarem as mãos das pessoas via internet.
Creio que nos dias de hoje não existe forma de criar novas barreiras pela imposição do Estado, já que vemos as antigas sendo sucumbidas pela informalidade. Essa alternativa enriquecerá ainda mais o mercado informal, assim como o mercado das drogas e as armas. Minha posição será sempre a da liberdade e não do liberalismo. Confio na educação e no ser humano, deveríamos ter o direito de opinar pela própria vida.