Ao desempenhar estudos a respeito da educação, sempre me questionei se realmente a democratização da educação acontecia e em qual esfera ela ocorria. Na minha antiga opinião se houvesse um local no qual realmente existia a possibilidade dessa democratização do ensino seria a universidade pública. O engraçado é que a universidade pública já é excludente até para entrar. O vestibular, uma prática positivista, que não serve de método separatório para dizer se alguém está preparado ou não para ingressar na academia, esse só é o primeiro passo. Quando se entra, imaginasse que todo estudante que ali compõe o corpo da universidade pública, dividem uma situação de igualdade dentro dessa instituição. Às vezes para os olhares superiores do Estado, realmente os veja como meros dados para compor o governo, com os mesmos custos e com os mesmos direitos, mais quando partimos para uma observação microestrutural, vesse que ali está um corpo totalmente heterogêneo socialmente falando. Quero chegar na questão de que uns sempre terão mais acessos do que outros nesse sistema econômico em sua formação e que isso acarreta na diferenciação desses indivíduos.
A utilização dessa imagem não foi em vão, pois coloquei-a para retratar se realmente isso acontece. Um indivíduo que a vida toda viveu as margens do sistema, que ele mesmo o mantém, enquanto exército de reserva, através do acesso a educação, sem romper com as estruturas sociais que o mesmo representa, esse indivíduo terá a capacidade de "evoluir"? Se este mesmo indivíduo chegar a universidade pública ele irá compor esse ambiente heterogêneo, convivendo com seres de sua mesma estrutura e com pessoas de outros extratos sociais, sempre resguardando as melhores oportunidades para quem já veio "preparados" de uma base consolidada. Vai sempre existir os "vencedores do sistema", as exceções. Aquele que mesmo sem bases, que conseguiram "um lugar ao sol",ou seja, um tipo ideal, discurso que só serve para maquiar a realidade e os individualizarem dos outros.
A conclusão é que para realmente chegar ao mínimo de equivalência social, por parte da educação, seria a valorização da educação básica e média, o fechamento de instituições privadas referentes a educação nesses âmbitos, pois a educação deve ser pública a todos e com a participação de todos sem segregação. Desta forma garantiria um pouco mais de igualdade na educação superior.
Obs: Não tenho crítica alguma ao projeto que a imagem retratou, só utilizei como exemplo.
Obs: Não tenho crítica alguma ao projeto que a imagem retratou, só utilizei como exemplo.
Concordo com seu ponto de vista e gostaria apenas de acrescentar apenas isso precisamos lutar por escolas melhores, professores mais qualificados e melhores salários. Podemos lutar de diversas formas, uma delas são as petições públicas um exemplo é este, hoje na internet uma petição pública na qual é pedido que os filhos de políticos seja obrigados a estudar em escolas públicas! segue o link
ResponderExcluirhttp://www.causes.com/causes/324694-escola-p-blica-matr-cula-obrigat-ria-para-filhos-de-pol-ticos-brasileiros?m=3b035398
Gostei da forma que discorre sobre a filiação da educação a uma proposta fundamentalmente técnica, é interessante perceber em seu post a relação que as forças produtivas tem sobre a escola a "educação".
ResponderExcluirPara os indivíduos que se inserem na educação superior, formam-se com a certeza que existirá postos de trabalho para acolhe-lo. Não existe uma crítica dos indivíduos que adentram e os que conseguem "vencer".