segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fiscalizar e punir: A demonização dos games por parte da sociedade.



A questão da fiscalização de tudo e de todos em nosso país é de se espantar. A todo momento vemos os governantes, apoiados pelos principais veículos de mídia, na tentativa de criar leis com o intuito de barrar a liberdade das pessoas. Os mesmos falam dessas leis como se fosse a "invenção da roda". Após o já falado e refalado caso de Realengo, uma das principais redes de televisão do Brasil, a Record, que todos sabemos a respeito de seu caráter religioso conservador (quase um pleonasmo), um misto de macumba com pentecostalismo, fazendo uma severa alusão entre os games e a realidade.
Será que a proibição desses jogos realmente acabará com esses tipos de ataques? Creio que não. As novelas e programas de puro sensacionalismo, demonstram a violência a todo momento e ninguém argumenta a respeito. As novelas metafísicas da Record é de dar risada, lobisomens, mutantes, vampiros... A proibição dos games não é uma alternativa, é tampar o sol com a peneira, já que a maioria dos games físicos entra pelas barreiras do próprio Estado, por exemplo o Paraguai. Os games digitais, estes farão com que o Estado enfrente um problema ainda maior, pelo fato de chegarem as mãos das pessoas via internet.
Creio que nos dias de hoje não existe forma de criar novas barreiras pela imposição do Estado, já que vemos as antigas sendo sucumbidas pela informalidade. Essa alternativa enriquecerá ainda mais o mercado informal, assim como o mercado das drogas e as armas. Minha posição será sempre a da liberdade e não do liberalismo. Confio na educação e no ser humano, deveríamos ter o direito de opinar pela própria vida.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. A pouco tempo atrás eu havia postado em meu blog algo a respeio dêem uma olhada http://prosaicoedetodos.blogspot.com/2011/04/da-comissao-de-constituicao-justica-e.html.
    Suas postagens são muito boas( rasgando uma ceda ), tudo bem que games podem de maneira muito sutil influenciar crianças, mas quais crianças, como foi dito neste post, jogos físicos e violêntos custão não são baratos, jogos em lan hauses também não gratuitos. De certa forma uma pessoa com bom senso não da muita atenção para uma notícia vinculada por uma emissora com tão pouca "imparcialidade".
    Vejamos só, vivemos numa sociedade como diria Jesse Sousa constituída a partir de "artefatos prontos", mas este nem é o maior dos problemas, sabemos que os indivíduos envoltos nesse universo de competição, que sempre pressupõe que será o vencedor, que irá galgar em todas as suas empreitadas mundo afora os louros de uma conquista e esquece de se situar contextualmente e históricamente. Quando indivíduos como o jovem que disparou contra os adolescentes em Realengo são usados como "bode expiatório" vejo nitidamente um discurso ideológico, leviano e conservador. O fato de nossa sociedade fracassar no que diz respeito ao respeito a humanidade para com outrem está muito além do que meros jogos podem degenear nos indivíduos.

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